Outro Olhar
- uma sabrina poesia
- 1 de jun. de 2019
- 2 min de leitura
A efervescência da Paulista aos olhos de uma recém-chegada
A primeira coisa que qualquer pessoa lembra ao ouvir a simples menção do nome “São Paulo” talvez seja “cimento, concreto, correria e trânsito”. Essa colocação não chega a ser errada; porém, a cidade se abre em possibilidades para aqueles que se dispões a enxergar além do óbvio. E não é necessário ir muito longe para isso: no coração da cidade, as possibilidades estão a cada esquina (literalmente).
Uma tarde de sábado é o suficiente para ter uma pequena mostra da diversidade cultural que toma conta da Avenida mais acelerada dos grandes centros: a Paulista abandona seus ares de lugar de negócios e se transforma em palco aberto para todo o tipo de ritmo.
Em meio a crianças andando de bicicleta, jovens de skate e pessoas que só observam os arredores, estão artistas de todos os gêneros musicais. Em uma mesma calçada, há espaço para uma banda de jazz e para um trio de sanfoneiros. As pessoas passam, param, cantam e por vezes, alguns se ariscam a dançar ali mesmo.
É uma quebra da rotina frenética e preto e branco a que estão acostumadas, e o fato dessa mistura ser tão acessível contribui para ambos os lados: os cantores e músicos expõe seu trabalho independente, e o público ganha ao entrar em contato com boa música.
Sem falar na possibilidade de estar em contato com outras culturas: alguns grupos de dança afro e étnica também mostram o que sabem na Paulista, dando a oportunidade de que o público possa ver o que a cultura afro deixou em nossa própria cultura.
Aos olhos de quem está acostumado a ouvir que não existe amor em SP, as tardes na Paulista são uma prova de que toda regra há sua exceção.
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